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Governador solicita abertura de mercado a autoridades japonesas

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, teve uma agenda cheia no Japão, onde voltou a defender a liberação da carne bovina do estado para o mercado japonês. Em um dia de reuniões intensas, ele se encontrou com autoridades no Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão e na Embaixada do Brasil. O foco dessas reuniões foi mostrar o potencial de Santa Catarina como referência em sanidade animal e dar um passo à frente nas negociações para a exportação.

Atualmente, Santa Catarina se destaca, sendo o único estado brasileiro autorizado a vender carne suína para o Japão, um feito que foi resultado de um controle sanitário rigoroso iniciado anos atrás. Além disso, nossas relações comerciais com os japoneses também incluem a carne de frango, com um número significativo de 148,4 mil toneladas exportadas em 2024, gerando uma receita de US$ 283,8 milhões.

Nas reuniões, Mello enfatizou a preparação do estado para iniciar as exportações de carne bovina, mantendo o mesmo padrão de qualidade que já existe nas cadeias de suínos e aves. O secretário de Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, e a presidente da Cidasc, Celles Regina de Mattos, contribuíram com uma apresentação técnica que destacou a rastreabilidade individual do rebanho bovino, a baixa incidência de doenças e a boa reputação estabelecida com o Japão.

Além da carne bovina, a missão trouxe boas notícias: foi assinado um protocolo de intenções com a empresa japonesa Marubeni. Esse acordo promete novos investimentos no Porto de São Francisco do Sul, melhorando a capacidade logística do terminal. Segundo o secretário de Articulação Internacional, Paulo Bornhausen, isso deve aumentar a produtividade e a competitividade de Santa Catarina no comércio externo.

Vale lembrar que desde 2007, Santa Catarina é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal como uma zona livre de febre aftosa sem vacinação, sendo pioneiro entre os estados brasileiros. E mais, temos 100% do nosso rebanho bovino identificado individualmente, graças ao sistema SRBOV-SC, que começou a funcionar em 2008.

Com todo esse histórico robusto, o governo do estado está esperançoso na possibilidade de abrir o mercado japonês para a carne bovina até 2025, sempre seguindo de perto as auditorias e negociações técnicas com as autoridades japonesas.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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